Pesquisar

sábado, 8 de abril de 2017

QUESTÕES INDÍGENAS TEM TIRADO O SONO DOS POVOS QUE VIVEM NO BAIXO LAGO GRANDE-DISTRITO DE CURUAI.



Desde 2006, quando algumas famílias foram inscritas no Projeto Agro Extrativista- PAE, do INCRA e paralelo a esse processo, surge então à questão indígena, mas precisamente na comunidade de Ajamuri, fato esse que desde então tem tirado o sono de muitos ribeirinhos que vivem no Baixo Lago e as comunidades próximas a PA 257-Rodovia Estadual Translago. Esse processo veio se desenvolvendo e trazendo com isso vários descontentamentos para o povo tradicional que vive da agricultura e pesca nessa região.
Diante a esses acontecimentos que culminaram com processos junto ao Ministério Publico Federal de Santarém/PA, houveram várias reuniões o povo sempre buscando esclarecimentos a respeito e lutando pelo que é seu de fato e de direito, porém uma briga ferrenha se arrastou desde 2006 até os dias atuais, sem muito sucesso.
De um lado o povo indígena lutando pelos seus direitos que é fato, pois aproveitou-se o momento para gerar uma insatisfação dos dois lados, visto que o Território Indígena Cobra Grande que no momento lutava pela demarcação Territorial de suas terras, abrigou também junto ao seu processo o povo Tapajó o que causou um atraso em seu processo de demarcação das terras indígenas pertencentes a Cobra Grande. Segundo, FUNAI:
Os estudos de identificação e delimitação da Terra Indígena (TI) Cobra Grande, em Santarém (PA), foram assinados, na última sexta-feira (25), pelo presidente da Funai, João Pedro da Costa, e publicados hoje (29), no Diário Oficial da União. A publicação foi um compromisso firmado entre o presidente e representantes indígenas de diversos povos da região do Tapajós (PA), durante reunião ocorrida no dia 15 de setembro, na sede da Funai, em Brasília-DF. Dotada de uma superfície de 8.906 hectares, a TI localiza-se à margem esquerda do baixo curso do rio Arapuins. A população, composta pelos povos Arapium, Tapajó e Jaraqui, distribui-se em cinco comunidades: Caruci, Lago da Praia, Santa Luzia, Arimum e Garimpo/Caridade.

Tal processo foi se arrastando ao longo dos anos e hoje estamos com um grande problema para resolvermos, visto que o povo Tapajó buscou-se legalizar-se quanto a sua auto-identidade, cujos mesmo já são reconhecidos como povo Tapajó desde 2008, hoje buscam apenas a demarcação das terras as quais alegam ter direitos. Enquanto isso, o povo da Região do Baixo Lago, naquele momento deveria também ir em busca dos seus direitos junto ao INCRA, buscar legalização das terras, mas como tudo no Brasil fica por esquecimento e sempre para depois não pressionaram o INCRA a acelerar o processo e o tempo foi passando.
Atualmente, essa briga está cada vez mais acirrada e quase sem solução, pois hoje existem vários processos junto ao Ministério Público a respeito e ao que parece os direitos indígenas devem ser respeitados e os do povo tradicional também, essa briga está longe de acabar, pois enquanto o povo ficar de braços cruzados esperando que alguém vá até o Lago Grande ajudar, está enganado, eles tem que ir à Brasília para verificar essa questão junto a FUNAI e tentar um acordo, visto que os direitos de ambos tanto povo tradicional quanto povo indígena devem ser respeitados, assim como os limites territoriais de cada um dentro é claro, através de estudos topográficos para estudar a realidade em que se encontram os povos tradicionais que já moram ali há séculos.
Enquanto isso, o povo indígena vai ganhando força e ao que parece, se depender do governo ainda vai trazer muitas questões, pois vejam só o governo brasileiro fez grandes investimentos dando a esses povos recursos que desencadeou uma migração em massa de povos tradicionais se auto- identificarem como  indígenas e quilombolas.
Analisem o seguinte: quando o homem descobriu que o nome de Deus trazia dinheiro fácil, houve a fundação de várias igrejas e seitas no Brasil e porque não dizer no mundo. Hoje, quando o povo descobriu que o governo começou dar incentivos aos povos indígenas e quilombolas, principalmente com ajuda de custo aos estudos (bolsas de estudos), houve uma mudança de identidade em massa da população que antes diziam ser povo tradicional.
Quando o povo descobriu que o governo dava incentivo aos pescadores (Seguro Desemprego), muita gente correu para ir em busca do direito a receber esse incentivo do governo. Quando o povo descobriu que as mulheres tinham direito a receber auxílio natalidade, houve muitas mulheres engravidando tendo um filho ou mais a cada ano, principalmente as ribeirinhas(descupe-me as mesmas). Quando o povo viu os incentivos do governo para bolsa família, bolsa verde e demais bolsas não quiseram mais trabalhar (não estou generalizando). Enfim, como tudo no país se dá com uma intenção e se tira também quando estas já não estão dando resultados ou servindo de trampolim para o próprio governo, se tem a seguinte situação: o governo tirou os incentivos para alunos que iriam do Brasil para estudar em outros países com a chamada “Ciências sem Fronteiras”. Suspendeu por alguns meses o bolsa família para rever situações. Suspendeu o pagamento do Seguro desemprego dos pescadores para apurar investigações a respeito, pois gasta muito com pagamentos de seguro para pessoas que nem se quer pescam. E, agora talvez já comece investigações para apurar a identidade indígena no país, uma vez que cresceu muito a busca por uma nova identidade e, com isso os incentivos do governo também. Quem sabe, já é uma realidade, pois o governo dá e tira quando já esta lhe fazendo falta.
Hoje, praticamente já se tem no Brasil quase que a metade da população que antes eram povo tradicional, já buscaram nova identidade é muita gente! Mas é isso aí povo do Lago Grande o que resta hoje é continuar lutando pelos seus direitos e quem sabe, achar uma solução que seja bom para os dois lados, pois não resta muita coisa a fazer se não solicitar estudos e investigações junto a FUNAI e ao Governo em Brasília para que juntos possam apurar os fatos e se, o direito for totalmente seus terão êxito, mas se o Governo e a FUNAI, através da justiça chegarem a conclusão de que há possibilidade de acordo entre as partes respeitando o direito dos indígenas e do povo tradicional, aí não se tem muito a fazer o jeito é aceitar e tentar uma convivência, pois somos todos feitos a imagem e semelhança de Deus e perante a ele somos iguais sem distinção de raça, cor ou religião, se Deus é o supremo de todas as coisas quem somos nós pra dizermos que não aceitamos conviver com o nosso próximo.
Deixo aqui os meus sinceros respeitos a toda população brasileira, se fui infeliz nas minhas palavras, mas como todos nós temos direito a liberdade de expressão, apenas disse o que penso e sei a respeito da situação a qual em relação a essa questão já venho acompanhando há anos.
Com relação à comparação que fiz com as demais questões inclusive religiosa, desculpe-me todos, mas jamais tive a intenção de ofender ninguém e sim colocar como exemplos as diversas situações em nosso país e como são tratadas. Declaro aqui que respeito todos, independente de cor, raça ou credo religioso. Enquanto não respeitarmos o outro, vamos sempre estar em conflitos com o nosso próximo.
Por Necy Tapajós.






Nenhum comentário:

Postar um comentário